Município de Alenquer

Património Edificado

A religiosidade não tem um tempo em Castro Verde. Veste-se no sentir da memória. Há dois mil anos, no sítio da Igreja de Santa Bárbara, ergueu-se um templo onde os crentes deixaram dezenas de milhares de lucernas homenageando os seus deuses. A dois passos do Salto, no limite com o concelho de Mértola, a Senhora de Aracelis continua a acolher a devoção das comunidades rurais da zona. O S. Pedro das Cabeças, próximo dos Geraldos, recorda a lendária Batalha de Ourique. O espírito alimenta-se na memória e na espiritualidade, mas também na imensidão das terras de Castro.

  • Ermida de S. Sebastião - Entradas

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    Situada junto ao cemitério, é uma capela muito simples, sem quaisquer manifestações de arquitectura ou riqueza. Aponta-se o século XVII como data provável do início da sua construção. No século seguinte foi feito o retábulo e a moldura do arco triunfal.

    Morada:

    Ermida de S. Sebastião
    Cemitério de Entradas
    7780 Entradas
  • Pelourinho da Vila - Entradas

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    Ao centro da Praça Zeca Afonso, em Entradas, ergue-se o antigo pelourinho da vila, símbolo do antigo concelho de Entradas, que se presume que tenha sido erigido por volta de 1512, ocupando lugar perto dos Paços do Município, e que lá permanecesse até aos anos 30 do século XIX, altura em que o concelho foi extinto, após as reformas de Passos Manuel e Mouzinho da Silveira. O pelourinho de Entradas voltou a ser erguido no início de 2012, após uma intervenção que teve como finalidade a dignificação do espaço público e a valorização e qualificação do património cultural e natural.

    Morada:

    Pelourinho da Vila de Entradas
    Praça Zeca Afonso
    7780 Entradas

     

  • Capela de Santo Isidoro - Entradas

    A capela de Santo Isidoro, localizada a cerca de três quilómetros de Entradas, junto a um pequeno monte com o mesmo nome, foi recentemente restaurada e aberta à população, no âmbito de um projeto de reabilitação desenvolvido pela Câmara Municipal de Castro Verde e Junta de Freguesia de Entradas. A obra reabilitou por completo o edifício que, durante décadas, esteve bastante arruinado.O pequeno templo nos arredores da vila de Entradas consagra Isidoro de Sevilha, um teólogo, matemático e doutor da Igreja, que foi arcebispo daquela cidade do sul de Espanha. Apontado como o primeiro dos grandes compiladores medievais, tornou-se muito influente na Espanha medieval e escreveu a obra enciclopédica “Etymologiarum Libri XX”.

    Morada:

    Capela de Santo Isidoro
    Monte de Santo Isidoro
    7780 Entradas
  • Igreja Matriz - Casével

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    Templo maneirista e barroco, construído sobre um templo do século XIV. Apresenta uma nave única com uma capela-mor e capelas laterais. A fachada foi profundamente remodelada no século XVIII e a torre sineira foi construída entre 1954 e 1955. Destaque para a Cabeça-Relicário de São Fabião, peça de ourivesaria do século XIII, pertencente a este templo, que a tradição popular associa à cura dos males dos gados, e que pode ser visitada no museu do Tesouro da Basílica Real.

    Morada:

    Igreja Matriz de Casével
    Largo da Praça
    7780 Casével

     

  • Ermida de S. Miguel - Casével

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    Fundada em ano incerto, provavelmente em finais do século XVI, a Ermida de S. Miguel, um edifício de matriz seiscentista e setecentista, adquiriu verdadeira importância devotiva em inícios do século XVIII, com a descoberta de uma fonte de águas santas nas suas proximidades, que operava milagres de variada sorte. A multidão de devotos, as esmolas e bens por estes concedidas em ação de graças e a proteção dada por D. João VI à confraria e ao culto de S. Miguel foram os factores que impulsionaram a construção de um novo templo, iniciada em 1715 e concluída dois anos depois, de um pequeno edifício de resguardo da fonte santa, bem como de dormitórios, estrebarias e casas de apoio aos romeiros (estruturas desde há muito arruinadas). O interior do templo, pelas soluções decorativas e artísticas que exibe contrasta, profundamente, com moldura modesta da sua arquitetura. Os painéis historiados de azulejo da capela-mor, de época Joanina, o revestimento azulejar das suas paredes e os ladrilhos do seu chão, também a azul e branco (anos 70 do século XVIII), que dão uma excepcional dimensão e animação cromática a todo o espaço; o notável altar-mor de mármore do arco triunfal e as pinturas murais, hoje degradas, que cobrem as abóbadas da nave e da capela-mor emprestam à Ermida de S. Miguel uma qualidade artística e cenográfica que raramente ocorre em edifícios do seu género, em terras de Baixo Alentejo.

    Morada:

    Ermida de S. Miguel
    7780 Casével
  • Igreja Matriz de S. Marcos - São Marcos da Atabueira

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    A Igreja Matriz de S. Marcos é um edifício de feição maneirista e barroca (uma só nave, rebaixada, com capela-mor saliente e fachada simples, rasgada por um portal sobrepujado pelas tradicionais armas de Santiago de Espada), contrafortes pujantes, uma sacristia e uma pequena torre sineira, dotada de um relógio, que compuseram o edifício estruturalmente híbrido mas formalmente equilibrado (a presença de pináculos a rematar os cunhais, contrafortes, a torre sineira e a sacristia emprestam um aparente ar de unidade). 

    Morada:

    Igreja Matriz de S. Marcos
    Largo 25 de Abril
    7780 São Marcos da Atabueira
  • Ermida de Nossa Senhora de Aracelis - São Marcos da Atabueira

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    Na fronteira entre os concelhos de  Castro Verde e Mértola estende-se uma pequena serra; se outros nomes conheceu, chegou até aos nossos tempos como o de Aracelis, forma popularizada de ara coeli, isto é, “altar do céu”, invocação que os devotos de Maria atribuíram à capela que ergueram no seu cimo. Desconhece-se, em absoluto, quando esta se fundou. É provável, no entanto, que date de finais do século XVI, época de expansão deste culto mariano, não surgindo arrolada, até então, nos sucessivos processos visitacionais da Ordem de Santiago.

    Ao contrário de muitos outros templos rurais da região que não sobreviveram à passagem dos séculos e à laicização progressiva dos costumes, a capela de Nossa Senhora de Aracelis continua a atrair devotos e romeiros de diferentes paragens, sobretudo por ocasião da festa da padroeira, em setembro, assumindo-se como um dos principais santuários marianos alentejanos. O edifício, de pequenas dimensões e de linhas simples, é antecedido por um amplo adro, ao qual se acede por dois pórticos decorados, de gosto popular, conferindo graciosidade e beleza ao conjunto, devendo este datar de finais do século XVI, com prolongamento construtivo no século seguinte, época atribuível ao altar-mor e à imagem da Virgem que nele se venera. 

    Morada:

    Ermida de Nossa Senhora de Aracelis
    Monte do Salto
    7780 São Marcos da Atabueira
  • Igreja Matriz de Santa Bárbara - Santa Bárbara de Padrões

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    A Igreja Matriz de Santa Bárbara é um edifício de pequeno porte arquitetónico, tipologicamente semelhante a outros templos das paróquias rurais alentejanas. De fundação ou reconstrução quinhentista, apresenta volumes sóbrios, uma só nave, com torre sineira (mais tardia) inscrita no plano da fachada, capela-mor desenvolvida e uma capela lateral, saliente, espaços em que estão presentes elementos caraterísticos da feição popular do discurso construtivo maneirista. A sua implantação, num plano elevado da aldeia, e enquadramento, com um adro murado a circunscrever a igreja, favorecem a perspetiva e a visão do conjunto. No interior, evidenciam-se as marcas de entalhadores, pintores e imaginários populares, expressas no conjunto de altares e imagens dos séculos XVII e XVIII, entre as quais pontifica a da padroeira que, em inícios do século XVIII, segundo um documento coevo, era “muito milagrosa”, sendo a igreja, por isso, “frequentada e de romagem em todo o ano”. Nos dias de hoje, o culto a Santa Bárbara continua a ser o elemento gregário e identitário por excelência da aldeia, celebrando-se as suas festas tradicionais no último fim-de-semana de agosto e no dia 4 de dezembro (Festa da Vigília).

    Morada:

    Igreja Matriz de Santa Bárbara
    Rua da Igreja
    7780 Santa Bárbara de Padrões