Município de Alenquer

O tratamento das águas residuais é efetuado em Estações de Tratamento de Águas Residuais, as denominadas ETAR’s.

O processo de tratamento das águas residuais nas ETAR’s processa-se por quatro etapas ou processos de tratamento, com o objetivo de separar ou diminuir a quantidade de matéria poluente da água.

Fases do Tratamento

1) Tratamento preliminar: consiste na separação dos sólidos de maiores dimensões, sólidos mais grosseiros, das areias e dos óleos e gorduras, passando por uma camara de grades (exceto as aguas residuais das fossas sépticas).

2) Tratamento Primário: no início desta fase embora parte da matéria poluente (resíduos) já tenha sido removida, mantêm-se ainda quase inalteradas as características poluentes da água, sendo necessário retirar ainda nesta etapa as areias mais finas e alguns detritos mais leves através de um processo de sedimentação. Este processo de ação física é ajudado pela adição de agentes químicos que vão produzir flocos de matéria poluente de maiores dimensões mais fácil de serem retirados.

3) Tratamento Secundário: a matéria orgânica é consumida por microrganismos em tanques com grandes quantidades de microrganismos aeróbio (presença de oxigénio), sendo estes os principais responsáveis pela degradação ou desaparecimento da maior parte da matéria poluente contida na água, reduzindo assim o nível de poluição de matéria orgânica (poluentes da água).

4) Tratamento terciário: Antes do lançamento da água para o meio recetor final (rios, ribeiras, albufeiras, barragens) é necessário proceder-se a uma desinfeção das águas residuais já tratadas para remoção dos organismos patogénicos (prejudiciais à saúde humana), e em casos especiais ainda retirar os nutrientes, tais como, o Azoto e Fósforo, que podem provocar a eutrofização das águas e posteriormente a contaminação também das águas no meio recetor.

O Município de Castro Verde possui 27 Sistemas de Tratamento de Águas Residuais. Os sistemas de Castro Verde, Entradas e Sete são geridos pela entidade em “Alta”- águas Públicas do Alentejo-. Todos os restantes são geridos pela Câmara Municipal.

Fossa Séptica – Consiste num tanque, onde a água residual sofre um tratamento físico, ocorrendo a sedimentação das partículas sólidas de maior densidade para o fundo do tanque, formando lamas e as partículas de menor densidade ficam á superfície, formando escumas, seguido de um tratamento biológico anaeróbio, em que a ação das bactérias anaeróbias convertem parte da matéria orgânica sólida em gases, os quais são expelidos por ventilação.

Filtro Anaeróbio/ Trincheiras Filtrantes – São órgãos que se situam a jusante da fossa constituídos por brita e areia para afinação do efluente.

Lagoas de Estabilização – São tanques de grandes dimensões com pequena profundidade, designados por diques de terra, em que a água residual bruta permanece por um tempo suficiente para que ocorra a sua depuração, sendo tratada por processos naturais, envolvendo algas e bactérias.

ETAR Compacta de Lamas Ativadas em Arejamento Prolongado – o efluente permanece num reactor biológico onde ocorrem reações que fazem a decomposição bioquímica da matéria orgânica através do fornecimento de oxigénio (Fase de Arejamento), formando-se uma mistura que é conduzida para um tanque de sedimentação (Decantação Secundária) onde as lamas e o efluente são separados. A maior parte dos sedimentos e devolvida ao reator de forma a manter a concentração necessária de microrganismos e as lamas são retiradas periodicamente.

Decantação + Lagoa de Macrófitas – o efluente vai para um decantador primário compacto onde ocorre a sedimentação dos sólidos em suspensão por ação da gravidade fluindo depois para uma lagoa de macrófitas (com plantas), onde ocorre uma depuração rizosférica, sendo o efluente tratado e descontaminado numa interface de substrato (solo especial otimizado).